Broto da Terra

Escultura cerâmica, moldada com técnicas de placa e acordelado, feita com argila produzida no ateliê de Leí Galvão, com matéria prima local. Esta peça leva fios de sisal em espécie de cortina que carrega sementes de pinhão como presentes para o futuro. A obra está inspirada nas árvores da araucária e na analogia dessa árvore com a filha maior da artista, como seu primeiro fruto sagrado.

Aquí Génova, aborda a metáfora da araucária como uma árvore muito resiliente, que tem o potencial de purificar e vivificar tudo ao seu redor, pela sua resistência ante agressões e diversos cambios de clima-ambientes, fazendo-nos pensar em ela como uma espécie que simboliza força, sendo capaz de se adaptar às mudanças. Nesse sentido, a araucária é tomada como ponto de partida pensando na analogia corpo-natureza em relação a sua forma, e também em aquilo que ressoa e me atravessa de cunha em tanto território. Porém, se interessa em ressaltar a beleza de suas sementes de pinhão, suas texturas corrugadas e espinhosas. Foi construída tomando o torço da Filha maior da artista como referência e inspirada nessa árvore, que cresce e se expande de braços abertos para o céu da mesma forma que ela.

Atualmente essa escultura, faz parte da exposição “Confluir em Travessia” junto às obras de Gisele Gandolfi, no Museu Francisco Veloso da cidade de cunha @museufranciscoveloso com a curaduría de Rachel Hoshino.