Território de conflito (Boa Vista - 2019)

Nesta obra, a artista posiciona o corpo como limite de fronteira e como território de conflito, a partir dos condicionamentos e preconceitos vivenciados por mulheres migrantes e mães como ela no território do Norte do Brasil. Ela tece uma narrativa em ação a partir de sua própria história, fala com eles em sua língua nativa e faz analogias poéticas que permitiram ao público presente relembrar um pouco mais de sua história como País, neste caso o Brasil. Ela entra na sala com a filha a reboque e segura uma mochila de migrante cheia de pedras, depois desenha a silhueta de seu corpo com tinta vermelha e martela histórias em uma superfície de madeira, pregando uma em uma memória em trânsito de mulheres migrantes. que foram violadas, e muitos se sentiram refletidos pela experiência.

As mulheres, principalmente com o rasgo ocasional, sentiram-se atravessadas porque vivem constantemente em um eterno conflito diário, quase por obrigação num estado que representa o território com mais feminicídios no país de mulheres negras, indígenas e migrantes.